Tenho que confessar: sempre que assisto um dos filmes do Woody Allen tenho, já do começo, algumas pretensões pseudo-cults. Não é culpa minha, juro! Mas é a verdade.
Nos primeiros vinte minutos tento entender, no meio de toda aquela falta de sentido, a profundidade de tudo o que me é exposto. Procuro metáforas de todo o tipo e chego a conclusão que estou sendo tolo, deixo tudo de lado e me concentro no filme, me esquecendo um pouco da minha vaidade "intelectual" e sendo apenas um simples expectador. Percebendo, só no final, a "profundidade" de tudo aquilo.
Me envolvo, fico curioso, fico triste, me deprimo, fico na torcida e em seguida posso ver uma luz no fim do túnel. Vejo que muitos dos filmes deles são como a vida: Nem sempre o mocinho fica com a mocinha; nem tudo são sorrisos, mas também está longe de ser só lágrimas... parece besteira, mas é como ter um orgasmo intelectual descobrir por si mesmo isso tudo!
Percebo, só no final, que os filmes de Allen, na sua grande maioria, não são para qualquer um. Não estou sendo pseudo-cult-vaidoso-intelectual-egocêntrico ao dizer isso, mas as pessoas estão acostumadas afinais emocionantes, grandes explosões, beijos devoradores, sexo semi-explícito, etc... e podem acabar achando o filme entediante... um tanto "parado" como disse uma amiga minha. Mas Woody é diferente.
Bem, para falar a verdade, é complicado falar sobre esse cineasta de Nova Iorque. Talvez um dia em que o presente leitor desse despretensioso blog estiver num clima meio existencial, possa entender o que digo. Ou talvez, assim como eu, já seja fã de seus filmes.
Perdoem meus erros de ortografia e de concordância, mas estou no meio de uma crise de garganta e a febre não me deixa raciocinar direito!
Ciao!