"Queremos os erguer sobre os próprios pés e olhar com justeza e honestidade para o mundo: seus aspectos bons e aspectos maus, suas belezas, suas feiuras; ver o mundo como ele é e não ter medo dele; conquistar o mundo com inteligência, e não simplesmente subjugados como escravos pelo terror que emana dele (...).
(...) Quando ouvimos pessoas nas igrejas se rebaixando e dizendo que são pecadoras miseráveis e tudo o mais, isso me parece algo desprezível e indigno de seres humanos que respeitem a si mesmos. É necessário nos erguermos e olhar para o mundo com franqueza, de frente.
Precisamos fazer com que o mundo seja o melhor possível (...) Um mundo bom precisa de conhecimento, gentileza e coragem; não precisa de anseios pesarosos em pelo passado do agrilhoamento do livre pensar a palavras proferidas há muito tempo por homens ignorantes. Precisa de pespectivas desprovidas de medo e de liberdade para a inteligência. Precisa de esperança para o futuro, e não de um retrocesso para o passado que já morreu, que, acreditamos, será enormemente superado no futuro que a nossa inteligência é capaz de criar."
Trecho de "Por que não sou Cristão" de Bertrand Russell