segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Teu mistério
Cala-te, não fale mais nada.
Permance em teu silêncio.
Nada quero saber de ti. Nada!
Isso mataria teu mistério... teu encanto!
Fica como está, assim como quando te vi,
Me deixa imaginar-te... iludir-me!
Que conjecturas não me passam na cabeça?
Por favor, não fale do teu passado.
Tua história já não me importa.
Fale da rosa na tua frente,
Do vento frio que nos chega,
Do vinho que agora toca teus lábios,
Da música que te chega aos ouvidos.
Fala-me o que sentes agora.
Permance assim: distante!
Caso se aproxime, quem sabe o que será?
Que emoções surgiriam em mim?
Em vez disso, deixe-me tocar tua mão
Sentir que a faço tremer, suar...
Tocar teu rosto, vê-la fechar os olhos
Esperar, em vão, um beijo proibido.
Fiquemos assim, na distância
Nossos olhares talvez não se cruzem, mas que seja!
Permanece em teu silêncio...
... me deixa imaginar-te!
Jardel Leite
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