quarta-feira, 23 de março de 2011

Bernardo Bertolucci



Filho do poeta, crítico de cinema e professor Attilio Bertolucci e irmão mais velho do também diretor Giuseppe, Bernardo Bertolucci começou a carreira cinematográfica com dois curtas-metragens amadores em 1959 e 1960. Ele se iniciou na literatura com o livro "Em Busca do Mistério", que ganhou o Prêmio Viareggio, um dos mais importantes prêmios literários da Itália.
Em 1961, Bernardo Bertolucci largou os estudos de literatura moderna na Universidade de Roma após trabalhar como assistente de direção no filme "Accattone", de Pier Paolo Pasolini. No set de filmagens conheceu a atriz Adriana Asti, que se tornaria sua companheira.
No ano seguinte, graças ao interesse do produtor Tonino Cervi, Bertolucci dirigiu "La Commare Secca", mas foi com seu segundo filme, "Antes da Revolução" (1964), que obteve reconhecimento em Cannes. Mesmo assim, o cineasta passou cinco anos sem realizar nenhum longa-metragem. Nesse período ele fez documentários e assistência de direção para o diretor Julian Beck.
Nos anos 1970 fez duas adaptações: "A Estratégia da Aranha", baseado em Jorge Luís Borges, e "O Conformista", baseado em Alberto Moravia e indicado para o Oscar de melhor roteiro.
Em 1972, "O Último Tango em Paris", com Marlon Brando e Maria Schneider, escandalizou o mundo e rendeu a Bertolucci a indicação ao Oscar de melhor direção. Depois de "1900", filme monumental e ambicioso, com Gérard Depardieu e Robert De Niro, Bertolucci partiu para o drama intimista em "La Luna".
Poucos cineastas demonstram tanta versatilidade, mantendo sempre a marca autoral. Em 1987, consagrou-se com "O Último Imperador", premiado com nove Oscar, incluindo os de melhor filme e melhor diretor. Em "O Céu que Nos Protege" (1990), Bertolucci dirigiu Debra Winger e John Malkovich em interpretações magníficas.
Em 1993 "O Pequeno Buda", apesar do sucesso, tem como principal marca a lentidão narrativa. Em seguida, filmou "Beleza Roubada" (1996), com Liv Tyler, e "Assédio" (1998).
Sua obra mais recente, "Os sonhadores" (2003), enfoca três jovens estudantes de cinema em Paris que, com o pano de fundo das revoltas estudantis do Maio de 1968, se vêem atraídos intelectual e emocionalmente.

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