Se existe um bom livro a se recomendar às pessoas que gostam de jogar (e postar, é claro) esse livro é Las Vegas, de Mario Puzo.
Neste livro (o meu terceiro a ser lido do autor) Mario Puzo mostra (se é que havia alguma dúvida ainda) todo o seu amor pelo jogo, mais precisamente Vegas, um verdadeiro oásis artificial construído no meio do deserto de Nevada (EUA). Bastidores dos cassinos e hotéis; terminologia oficial (própria) dos diversos jogos e jargões usados por aqueles não-tão-oficiais; história dos jogos de azar; história de como e por que um cidade dos prazeres seria construída no meio de um deserto; os tipos de jogos e como ser e não ser enganado em cada um; curiosidades, etc. Tudo isso e muito mais!
Eu confesso que fiquei muito surpreso ao ler o livro. Adiei o máximo possível a leitura, não sei ainda por qual motivo (por procrastinação ou mero preconceito pelo tema, sabe-se lá), mas a verdade é que vale a pena lê-lo (e depois, daqui a alguns poucos anos, relê-lo). O livro é bem fino, cerca de 150 páginas, é quase um almanaque, por assim dizer. O tipo de livro para se ler em um final de semana.
Sei que hoje Las Vegas não é exatamente não retrata o livro (afinal, escrito há 40 anos) e que muita coisa deve ter mudado. Mas mesmo assim dá vontade de ir lá, ao menos para ver como é. Nunca fui viciado em jogos (exceto alguns de video game) e muito menos em apostar, isso sempre odiei., mas temo que uma cidade como aquela onde tudo "conspira" para que você jogue (e aposte) possa influenciar a cabeça de um turista recém chegado.
Não sou especialista, longe disso, mas estou convencido de que alguns livros realmente nos fazem lembrar do nosso passado. Faz tanto tempo que não jogo baralho que nem mesmo as regras da simples "batidinha" me fogem da cabeça - isso é triste. Na obra em que trabalho tem alguns operários que jogam na hora do almoço, todos apostando. Alguns mesmo já vieram me pedir dinheiro emprestado depois de perder todo o dinheiro que tinham para a semana, eu emprestei e... eles apostaram, e perderam, tudo. - constatei depois no livro que isso é a pior coisa a se fazer. Uma coisa é a pessoa perder tudo, outra bem diferente é além disso sair pedindo dinheiro emprestado para continuar jogando, esperando uma maré de sorte que talvez não venha.
Lembre-se que: "... em uma maré de sorte você dificilmente irá recuperar o que perdeu em uma maré de azar".
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