sexta-feira, 18 de abril de 2014

Gabriel García Márquez (1927 - 2014)




Gabriel José García Márquez (Aracataca, 6 de março de 1927 — Cidade do México, 17 de abril de 2014)2 foi um escritor, jornalista, editor, ativista e político colombiano. Considerado um dos autores mais importantes do século XX, foi um dos escritores mais admirados e traduzidos no mundo, com mais de 40 milhões de livros vendidos em 36 idiomas.

Foi laureado com o Prêmio Internacional Neustadt de Literatura em 1972, e o Nobel de Literatura de 1982 pelo conjunto de sua obra, que entre outros livros inclui o aclamado Cem Anos de Solidão. Foi responsável por criar o realismo mágico na literatura latino-americana. Viajou muito pela Europa e viveu até a morte no México. Era pai do cineasta Rodrigo García.

Primeiros dias


Gabriel García Márquez, também conhecido por Gabo, nasceu em 6 de março de 1927, na cidade de Aracataca, Colômbia. Seu avô materno Nicolás Márquez, que era um veterano da Guerra dos Mil Dias, cujas histórias encantavam o menino, e sua avó materna Tranquilina Iguarán, exerceram forte influência nas histórias do autor. Um exemplo são os personagens de Cem Anos de Solidão.

Gabriel estudou em Barranquilla e no Liceu Nacional de Zipaquirá. Passou a juventude ouvindo contos das Mil e Uma Noites; sua adolescência foi marcada por livros, em especial A Metamorfose, de Franz Kafka. Ao ler a primeira frase do livro, "Quando certa manhã Gregor Samsa acordou de sonhos intranquilos, encontrou-se em sua cama metamorfoseado num inseto monstruoso", pensou "então eu posso fazer isso com as personagens? Criar situações impossíveis?".

Em 1947 muda-se para Bogotá para estudar direito e ciências políticas na universidade nacional da Colômbia, mas abandonou antes da graduação. Em 1948 vai para Cartagena das Índias, Colômbia, e começa seu trabalho como jornalista.


Jornalismo


Em 1958 trabalha como correspondente internacional na Europa, retorna a Barranquilha e casa-se com Mercedes Barcha com quem tem dois filhos, Rodrigo e Gonzalo.

Em 1961 vai para Nova Iorque para trabalhar como correspondente internacional, mas suas críticas a exilados cubanos e suas ligações com Fidel Castro o fizeram ser perseguido pela CIA e com isso muda-se para o México.

Em 1994 funda juntamente com seu irmão, Jaime Abello, a Fundação Neo Jornalismo Ibero americano.

Literatura


Seus livros alcançaram repercussão na Europa nos anos 1960 e 1970. Seus livros refletiam sobre os rumos políticos e sociais da América Latina. Teve como seu primeiro trabalho o romance "La Hojarasca" publicado em 1955. Em 1961 publica "Ninguém escreve ao coronel". A obra Relato de um náufrago, muitas vezes apontada como seu primeiro romance, conta a história verídica do naufrágio de Luis Alejandro Velasco e foi publicado primeiramente no "El Espectador", somente sendo publicada em formato de livro anos depois, sem que o autor soubesse.

O escritor colombiano possui obras de ficção e não ficção, tais como Crônica de uma morte anunciada e O amor nos tempos do cólera. Em 1967 publica Cem Anos de Solidão - livro que narra a história da família Buendía na cidade fictícia de Macondo, desde sua fundação até a sétima geração -, considerado um marco da literatura latino-americana e exemplo único do estilo a partir de então denominado "Realismo Fantástico".

Suas novelas e histórias curtas – fusões entre a realidade e a fantasia – o levaram ao Nobel de Literatura em 1982. Em 2002 publicou sua autobiografia Viver para contar, logo após ter sido diagnosticado um câncer linfático. Marquéz apontou como o seu mestre o escritor Norte-Americano William Faulkner.

Seu último Romance foi Memórias de minhas putas tristes. Uma curiosidade sobre este livro é que o autor o escreveu, logo após ter se inspirado no romance A casa das belas adormecidas, do Nobel japonês Yasunara Kawabatta. O que despertou a curiosidade dos leitores sobre esse clássico da literatura japonesa, pois foi essa mesma obra que tirou Gabriel García Marquez de sua inércia literária, já que o mesmo estava anos sem escrever nenhum romance.


Morte


Em abril de 2009 Márquez declarou que havia se aposentado e que não pretendia escrever mais livros. Essa notícia viu-se confirmada em 2012, quando o seu irmão, Jaime Garcia Marquez, anunciou que foi diagnosticada uma demência a Gabriel Garcia Marquez e que, embora estivesse em bom estado físico, havia perdido a memória e não voltaria a escrever.

García Márquez morreu em 17 de abril de 2014 na Cidade do México, vítima de uma pneumonia, pouco mais de um mês após completar 87 anos. O autor lutava contra a reincidência de um câncer que atingia seus pulmões, gânglios e fígado. Em 1999, ele já tinha conseguido superar um câncer linfático.

Fonte: Wikipédia

Em um encontro com Jorge Amado

O líder palestino Yasser Arafat cumprimenta o escritor

Na companhia dos escritores Carlos Fuentes e Toni Morrison

Com o escritor português José Saramago

Ao lado do escritor Mario Vargas LLosa

domingo, 13 de abril de 2014

O Método Stanislávski


Constantin Stanislavski (1863-1938 - Rússia) foi ator e diretor de teatro que, em 1897, ficou no Teatro de Arte de Moscou, na direção do qual manteve-se durante quarenta anos. Tornou-se célebre ao utilizar sua experiência como diretor e professor, para criar um sistema de ensino da arte de representar chamado "O Método Stanislavski". 

Quando começou a atuar, Stanislavski existiam duas formas distintas de representação, que marcaram a evolução das artes cênicas no século XIX: o teatro tradicional (bastante estilizado, onde o ator exibia gestos nada realistas) e a técnica recém surgida de representação realista. O objetivo fundamental das pesquisas Stanislavskianas é estabelecer a total intimidade entre ator e a personagem, para que haja a identificação de ambos. 

Em suas palavras: "Todos os nossos atos, mesmo os mais simples, aqueles que estamos acostumados em nosso cotidiano, são desligados quando surgimos na ribalta, diante de uma platéia de mil pessoas. Isso é por que é necessário se corrigir e aprender novamente a andar, sentar, ou deitar. É necessário a auto reeducação para, no palco, olhar e ver, escutar e ouvir." 

Os traços característicos da arte dele são: O realismo, e até mesmo o naturalismo total (isto é, a naturalidade total), dos movimentos e da ficção. "O ator tem de dominar a biografia total do personagem". Stanislávsky descobriu que a emoção independe da vontade. 

É importante para um ator sentir-se bem para representar um papel. O trabalho do ator passa fundamentalmente pela preparação de seu instrumental cênico, o corpo, que inclui a voz e emoção. 

O conceito fundamental de Stanislavsky é o da Memória Emotiva em que o ator usa duas experiências pessoais para viver determinada circunstância em cena. E segundo o seu sistema, o ator deve construir psicologicamente a personagem, de forma minuciosa. Mesmo que a peça forneça dados, deve-se buscar, com o exercício da imaginação, o passado e o futuro do personagem. 

Seu livro "A Preparação do Ator" é como um guia no trabalho de "interiorização" (preparação interior do ator), exercitando sua vontade, seu espírito e sua imaginação. O segundo livro: "A Construção da Personagem" trata da construção exterior da personagem, usando técnicas de preparação corporal. 

E "A Criação de um Papel" completa a trilogia, desvendando os problemas que cercam o treinamento do ator, dedica-se a estudar "a preparação de papéis específicos, a partir da primeira leitura da peça, e do desenvolvimento da primeira cena". Nesta etapa o objetivo dos ensinamentos era a fase de formação do intérprete dissecando o trabalho do ator para o desempenho de um papel. 

Stanislavski teve muitos seguidores e seu método é válido até hoje, e serve como ponto de partida para quaisquer outros métodos. 

O princípio do método Stanislavski é estudo dos processos de atuação dos atores inspirados ou geniais (ou das crianças, que são atores espontâneos). Através da inspiração eles adquirem fé no que é irreal e são induzidos a agir no irreal, ou seja, agir como personagem. 

Segundo ele, os objetivos do ator são: convencer o espectador da realidade do que se imaginou para realização do espetáculo; mostrar o que o personagem quer, o que pensa, para que vive; revelar o rico e complicado mundo interior do homem; agir como personagem na base da simples lógica da vida real. 

Para usar o que Stanislavski chama de "O mágico se fosse", basta perguntar a si mesmo: E se eu fosse o personagem? E se eu estivesse nessa situação, dentro dessas circunstâncias propostas pelo autor da peça, como reagiria? 

"Atenção Cênica" é outra característica importante do método e consiste em focar-se nos objetivos do personagem, interessar-se por eles e achá-los atraentes, por isso. A atenção cênica com seus "Círculos de Atenção" leva o ator ao "Contato e Comunicação" com o ambiente, com todos os elementos do espetáculo.

domingo, 30 de março de 2014

Art Spiegelman


Art Spiegelman (Estocolmo, 15 de fevereiro de 1948) é ilustrador, cartunista e autor de histórias em quadrinhos americano nascido na Suécia. Atuou durante a década de 1990 na produção de charges, ilustrações e capas para revista novaiorquina The New Yorker. Duas de suas obras mais conhecidas são a semi-biográfica Maus e a coletânea de tiras em quadrinhos In the Shadows of No Towers. Spiegelman é o único autor de quadrinhos a ganhar um prêmio Pulitzer.

Spiegelman foi uma figura de destaque no chamado movimento underground dos quadrinhos nas décadas de 1960 e 70, contribuindo para publicações como Real Pulp, Young Lust e Bizarre Sex. 

No começo de 1968, ele sofreu um colapso nervoso no Harpur College em Binghamton, Nova York, onde estudava. Levado para um manicômio, Spiegelman logo se recuperou. Pouco tempo depois sua mãe, Anja Spiegelman, sobrevivente de Auschwitz, cometeu suicídio enquanto Art passava um fim de semana com sua namorada. Ele incluiria sua história "Prisioner on the Hell Planet" de 1973 em MAUS, que descrevia este evento traumático.

Em 1986 foi lançado o primeiro volume de Maus (Maus: A Survivor’s Tale) que retratava a história de como seus pais sobreviveram ao Holocausto. O segundo volume, Maus: And Here My Troubles Began, sairia em 1991. Esta obra atraiu imensa atenção da crítica para um trabalho feito em quadrinhos, incluindo uma exibição no Museu de Arte Moderna em Nova York e rendendo-lhe um prêmio Pulitzer especial em 1992.

Spiegelman trabalhou para a The New Yorker, mas demitiu-se poucos meses depois dos Ataques de 11 de Setembro. Spiegelman afirma que sua demissão da The New Yorker foi um protesto pelo "conformismo geral'" na mídia norte-americana. Ele é um crítico implacável da administração do presidente George W. Bush, e clama que a mídia americana tornou-se "conservadora e retraída".

Ele disse que a The New Yorker censurou seu trabalho, incluindo uma capa para o 4 de julho apresentando uma bomba atômica e outra para a edição do Dia de Ação de Graças mostrando um avião do exército norte-americano jogando perus no Afeganistão, com o título de "Operation Enduring Turkey".

Em setembro de 2004 ele lançou o livro In the Shadow of No Towers, no qual relata suas experiências sobre o ataque às torres gêmeas e seus posteriores efeitos psicológicos.

Em 2005, a revista Time elegeu Spiegelman uma das 100 Pessoas Mais Influentes do Mundo Revista Time.

Art é um destacado promotor dos quadrinhos, viajando pelos EUA constantemente com uma palestra chamada Comix 101. Ele e Françoise (sua esposa) também editam uma série de quadrinhos infantis chamada Little Lit.




Aparição de Spielgelman em um episódio de 'Os Simpsons'




Fonte: wikipédia

quarta-feira, 12 de março de 2014

E o tempo passa... 1 ano!


Nem parece que já faz tanto tempo! Só que o tempo é relativo...

sexta-feira, 7 de março de 2014

Bushido - O caminho do guerreiro




Bushido (武士道) literalmente, "caminho do guerreiro", é um código de conduta e modo de vida para os Samurai (a classe guerreira do Japão (feudal ou bushi), que define os parâmetros para os Samurais viverem e morrerem com honra.

Em função das influências do Budismo, os samurais não temiam a morte, pois acreditavam na existência da vida após a morte. Os samurais também não temiam os perigos, uma vez que as técnicas de meditação do Zen foram usadas como um meio de limitar esse temor. Com os ensinamentos Zen, os samurais buscavam entrar em harmonia com o seu Eu interior e com o mundo à sua volta. O desapego era a base do samurai e, com a prática do desapego, os samurais formaram a maior casta de guerreiros que já existiu.

INFLUÊNCIAS


O Bushido foi influenciado também pelos preceitos do Xintoísmo, como a lealdade, o patriotismo, e a reverência aos seus antepassados. Com tal lealdade para com a memória de seus ancestrais, os samurais empenham essa mesma reverência ao imperador e ao seu daimyo ou senhor feudal.

O Xintoísmo também fornece a importância para o patriotismo com o seu país, o Japão. Eles crêem que a Terra não existe apenas para suprir as necessidades das pessoas. "É a residência sagrada dos deuses, dos espíritos de seus antepassados…" A Terra deve ser cuidada, protegida e alimentada por um Amor intenso.

O Confucionismo oferece ao Bushido a sua crença em relação aos seres humanos e às suas famílias. O Confucionismo ressalta o dever filial e as relações entre senhor e servo, pai e filho,marido e mulher, irmão mais velho e mais novo e entre amigos mais velhos e mais novos, que são seguidas pelos samurai. Junto com estas virtudes, o Bushido também prega a justiça, benevolência, coragem, amor, sinceridade, honestidade e autocontrole. A justiça é um dos principais fatores no código do samurai, assim como o amor e a benevolência, que são suntuosas virtudes dos samurais.

PRECEITOS


Um dos seus maiores princípios era buscar uma morte com dignidade. Um samurai jamais poderia se entregar e deveria estar sempre preparado para a morte. Além disso, a honra do samurai, de seus antepassados e de seu senhor deveria ser preservada por ele.

Outro aspecto importante é que um samurai jamais pode fugir de uma luta, mesmo apenas um único samurai contra um exército de oponentes. O samurai também deve estar sempre do lado da justiça e ter compaixão com seu inimigo derrotado ou mais fraco.

Lealdade, etiqueta, educação e noção de gratidão eram outras coisas que o Bushido pregava. Um samurai honrado deveria ser leal ao seu daimyo (senhor feudal), Shogun e Imperador.

No geral, guerreiro é aquele que procura o seu próprio caminho. Muitas pessoas podem estar perfeitamente a procurar o caminho sem se darem conta disso. Guerreiro é a pessoa que tem um objetivo e que, por meio deste, passa a ter consciência do seu dom e das suas limitações. Através dessa consciência, o guerreiro atinge a sua meta, combinada com a vontade de vencer as fraquezas, temores e limitações.

Cada pessoa trilha o seu próprio caminho, já que existem vários caminhos: como o caminho da cura pelo médico, o caminho da literatura pelo poeta ou escritor e muitas outras artes e habilidades. Cada pessoa pratica de acordo com a sua inclinação. Por isso pode-se chamar de guerreiro, aquele que segue o seu caminho específico.

Porém, no Bushido, a palavra guerreiro significa muito mais do que isso. O termo bushi não pode ser designado a qualquer um. O bushi é diferente, pois seus estudos do caminho baseiam-se em superar os homens. A casta guerreira distingue-se das demais pela sua fidelidade e honra, a palavra do guerreiro vale mais do que tudo.

O bushi deve aprender o caminho de todas as profissões, se informar sobre todos os assuntos, apreciar as artes e quando não estiver ocupado em suas obrigações militares, deverá estar sempre praticando algo, seja a leitura ou a escrita, armazenando em sua mente a história antiga e o conhecimento geral, comportando-se bem a todo momento para ter uma postura digna de um samurai, tudo isso sem desviar do verdadeiro caminho, o Bushido.



A etiqueta deve ser seguida, todos os dias da vida quotidiana, assim como na guerra pelos samurais. Sinceridade e honestidade são as virtudes que avaliam as suas vidas. Transcender um pacto de fidelidade completa e confiança está ligado à dignidade.

Os samurais também precisavam ter autocontrole, desapego e austeridade para manter a sua honra, em função disso, podemos dizer que o samurai é o guerreiro completo e o seu código de honra - o Bushido - tem forte influência no estilo de vida do povo japonês e oferece uma explicação do carácter e da indomável força interior desse povo.

AS 7 VIRTUDES DO BUSHIDO



GI (義) - Justiça e Moralidade, Atitude direta, razão correta, decidir sem hesitar;
YUU (勇) - Coragem, Bravura heróica.
JIN (仁) - Compaixão, Benevolência.
REI (礼) - Polidez e Cortesia, Amabilidade.
MAKOTO (誠) - Sinceridade, Veracidade total.
MEIYO (誉) - Honra, Glória;
CHUU (忠) - Dever e Lealdade.

Fonte: wikipédia

quarta-feira, 5 de março de 2014

Desabafo



As vezes, tudo o que eu queria era ser tão forte quanto penso parecer...

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Taking over me - Evanescence



You don't remember me, but I remember you...

domingo, 12 de janeiro de 2014

Lista de Livros para 2014 - PARTE I

Saudosos amantes da leitura!

Preparei uma pequena lista de livros onde recomendo como leitura para este ano de 2014. Todos esses livros eu já li, por isso sinto-me confiante em indicá-los.

A ideia veio a partir de uma promessa feita à uma amiga. A minha recomendação não se restringe à ordem de leitura, mas aos títulos em si. Vamos lá!

1 - O Velho e o mar (Ernest Hemingway)



O livro é um clássico da história da literatura (americana, principalmente). Existem diversos livros magníficos do autor (Hemingway é um dos meus autores favoritos), mas para quem nunca leu nada dele, segue uma ótima sugestão para iniciantes.

Na história, podemos presenciar a luta de um homem contra a natureza, mas também podemos perceber que o autor nos passa algo a mais: nem sempre podemos ter tudo o que queremos, ou da maneira que gostaríamos, mas precisamos trabalhar com o que temos, deixando as reclamações de lado e lutar com nossas próprias forças, sem esperar pela ajuda dos outros (ajuda essa que nem sempre pode vir).

O fato do livro ser bem curto (apróx. 130 páginas), aliado ao fato do autor não "perder tempo' com adjetivos desnecessários (prosa tão enxuta de Hemingway) nos permite ler o livro todo de um só fôlego.


2 - A Revolução dos bichos (George Orwell)



Na fábula do autor, um grupo de animais fazem uma revolução, tomando conta da sua fazenda e expulsando os antingos donos. O objetivo maior talvez seja reconstruir a história sobre a revolução russa até o auge da União Soviética.

No livro, recheado de ironia, podemos entender de uma forma bem interessante o que os livros de história nos contam sobre esse período da história Russa. Leitura Obrigatória!

"Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que os outros"


3 - O senhor das moscas (William Golding)



Neste livro, o autor explora um conflito muito conhecido no ser humano: de um lado, o impulso que nos leva a buscar a paz, aderir às normas e valorizar o bem; de outro, o impulso de alcançar a superioridade mediante a violência, o egoísmo, a vitória do indivíduo, passando por cima do grupo. (Bem x Mal; Ordem x Caos; Lei e Anarquia)

O romance trata, resumidamente, de um grupo de estudantes que caem em uma ilha, após sofrerem um desastra de avião, durante a Segunda Guerra. Sozinhos, os garotos elegem um líderem e começam a formar um tipo bem precário de sociedade (onde cada um terá uma série obrigações à cumprir, visando a manutenção do grupo). Pouco tempo depois, os meninos separam-se em dois grupos (facções): um valorizando a civilização, enquanto o outro à selvageria.

Embora a história se passe com um grupo de meninos perdidos numa ilha, o livro aborda perfeitamente questões da própria experiência humana.

4 - O grande Gatsby (F. Scott Fitzgerald)




Este talvez seja um dos livros mais conhecidos da literatura do século XX. O Grande Gastby é um livro tão marcante, que já teve várias adaptações para o cinema: as de maior sucesso foram lançadas em 1974 e outra recentemente em 2013. O livro é um dos meus favoritos, por motivos muito particulares.

A romance é narrado por Nick Carray, contando a história do seu vizinho carismático, o multimilinário Jay Gastby, durante o verão em que se conheceram. A origem de toda a imensa riqueza de seu vizinho é um mistério, mas encontramos diversas alusões à corrução e à meios escusos de negócios.

O estilo de vida luxuoso de Gastby (festas suntuosas, carros enormes, uma deslumbrande mansão com sua própria praia) é apenas um artíficio, que logo descobrimos, para seduzir Daisy, seu amor perdido na juventude, agora casada com outro homem.


5 - A Sombra do Vento (Carlos Ruiz Zafón)




Um dos livros que mais foram comentados nos últimos anos (2012/13) é A Sombra do Vento, do espanhol Carlos Ruiz Zafón. Este livro é uma obra fascinante, sedutora e que eu garanto que você não conseguirá largar (quem já leu sabe disso). Embora o livro tenha sido lançado na espanha em 2001, faz pouco tempo que chegou ao Brasil.

Daniel Sempere está completando 11 anos. Seu pai, ao ver Daniel triste por não conseguir mais se lembrar do rosto da mãe (falecida), lhe dá um presente: de madrugada, leva-o a um misterioso lugar no coração histórico da cidade, o Cemitério dos Livros Esquecidos. O lugar, conhecido por poucos na cidade, é uma biblioteca secreta e labiríntica que funciona como depósito para obras abandonadas pelo mundo, à espera de que alguém as descubra. É lá que Daniel encontra um exemplar de A Sombra do Vento, do misterioso autor Julián Carax.

Daniel fascina-se sobre o livro e, ao buscar mais informações sobre o autor, descobre que quase ninguém o conhece e que alguém anda queimando todos os exemplares de seus livros. Então começa uma grande aventura que percorre as ruas da ilustre cidade de Barcelona, atravessando as fronteiras do tempo e da imaginação.

"Este livro nos traz uma grandiosa homenagem ao poder místico dos livros". 
6 - A menina que roubava livros (Markus Zusak)




"O livro tem como narradora a Morte, cuja função é recolher a alma de todos aqueles que morrem sem intervalos. Durante a sua passagem pela Alemanha, na Segunda Guerra Mundial, ela encontra a protagonista, Liesel Meminger, numa estação de comboio enquanto o seu irmão mais novo é enterrado próximo ao local. A menina, ao perceber que o coveiro presente deixou um livro, O manual do coveiro, cair na neve, rouba-o e é levada, então, até a cidade fictícia Molching, onde a sua mãe pretende entregá-la a uma família para que a adotem.
Na Rua Himmel, reside o casal de classe trabalhista formado por Hans e Rosa Hubermann. Lá, ela convive com os novos responsáveis e vai à escola, assim como faz amizade com o vizinho Rudy Steiner. Como ajudante de sua mãe, começa uma amizade com a mulher do prefeito Ilsa Hermann, embora ela só perceba o tamanho dessa amizade no fim da história."
Embora essa breve sinopse possa parecer enfadonha, o livro já está destinado para daqui à alguns anos, ser um clássico da literatura. A leitura é extremamente agradável, o desenrolar da história nos prende desde as primeiras páginas...


7 - Olhai os lírios do campo (Érico Veríssimo)


Quem já leu algum livro do escritor gaúcho Érico Veríssimo sabe o quão gostosa é a experiência de ler um de seus livros. Eu particularmente li uns 5 ou 6 de seus livros, mas confesso que esse é com certeza o meu favorito!

O livro narra a história de Eugênio, que, com muito sacrifício, se forma em Medicina. Na faculdade, Eugênio se apaixona por Olívia, moça tão humilde quanto ele, mas se casa por interesse com Eunice, uma mulher rica. Logo no início, Eugênio recebe por telefone a notícia de que Olívia (seu verdadeio amor) está no leito de morte, e então decide ir ao hospital vê-la. Em seguida, temos vários flashbacks contando o seu passado: rapaz de família muito pobre tem um desejo de tornar-se rico e livrar sua família da miséria, mas ao se casar com Eunice, ele passa a ser ganancioso e a detestar a pobreza.

O casamento de Eugênio entra em declínio, mas o mesmo tem medo de se separar da mulher, pois o medo de voltar a pobreza o assusta. Ao chegar ao hospital ele descobre que Olívia morreu há poucos minutos.

O livro é muito forte e confesso que sempre emociono ao lembra-lo. Tá bom vai, confesso: eu chorei

domingo, 5 de janeiro de 2014

Texto sem "A"

Olhem que curioso. Este texto inteiro foi escrito sem ter ao menos a letra A uma única vez! Segue:

"É possível sim. Sem nenhum tropeço posso escrever o que quiser sem ele. Pois rico o português e fértil em recurso diversos, tudo isso permitindo mesmo o que de inicio, e somente de inicio, se pode ter como impossível. Pode-se dizer tudo, com sentido completo, mesmo sendo como se isto fosse mero ovo de Colombo.

Desde que se tente se por no inicio pode muito bem o leitor empreender este belo exercício, dentro do nosso fecundo e peregrino dizer português, puríssimo instrumento nos nossos melhores escritores e mestres do verso, instrumento que nos levou monumentos dignos de eterno e honroso reconhecimento.

Trechos difíceis se resolvem com sinônimos. Observe-se bem: é certo que, em se querendo esgrimi-se sem limites com estes divertimentos instrutivos. Brinque-se mesmo com tudo. É um belíssimo esporte do intelecto, pois escrevemos o que quisemos sem o “E” ou sem o “I” ou sem o “O” e, conforme meu exclusivo desejo, escolherei outro, descorrendo livremente, por exemplo sem o “P”, “R” ou “F” , o que quiser escolher, podemos, em corrente estilo, repetir o som sempre ou mesmo escolher sem verbos.

Com o concurso de termos escolhidos, isso pode ir longe, escrevendo-se todo o discurso, o conto ou livro inteiro sobre o leitor melhor preferir.

Porém sem mesmo o uso pernóstico nos termos difíceis, muito e muito se prossegue do mesmo modo, discorrendo sobre o desejo escolhido, sem impedimentos.Deploro sempre ver moços deste século inconscientemente esquecerem e oprimirem nosso português, hoje culto e belo, querendo substituí-lo pelo inglês.Por quê?

Cultivemos nosso polifônico e copioso verbo, doce e melodioso, porém incisivo e forte, messe luminosos estilos, voz de muitos povos, escrínio de belos versos e de imenso porte, ninho de cisnes e de condores. Honremos o que é nosso, ó moços estudiosos, escritores e professores.

Honremos o digníssimo modo de dizer que nos legou um povo humilde, porém viril e cheio de sentimentos estéticos, pugilo de heróis e de nobres descobridores de mundos novos."

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Um grito de amor do centro do mundo

     Confesso que comprei esse livro há mais de um ano e por um motivo ou outro (falta de tempo, uma lista enorme de outros livros para serem lidos, etc.) vim adiando sua leitura. Também é certo que o título em si do livro nunca me despertou tanta curiosidade. Hoje, me arrependo por ter demorado tanto a começar a lê-lo!

     Lembro que na época, eu só o tinha comprado pois era Literatura Japonesa (que eu adoro!) e estava louco atrás do maior número de livros de autores diferentes (já tinha alguns do Kenzaburo Oe, Kawabatta, Haruki Murakami, Akutagawa, Yukio Mishima, Natsume Soseki, etc.).

     O livro é pequeno (155 pág.) e a história te prende do começo ao fim! Talvez por isso (aliado ao meu período de férias na faculdade) eu consegui lê-lo em um único dia.

     Um grito de amor do centro do mundo realmente faz jus à Literatura Japonesa: delicado, sutil e, de certa forma, pessoal (é um daqueles livros que oferecem uma experiência única para cade leitor, em função do seu estado de espírito durante a leitura). Com isso, se você estiver bem, emocionalmente seguro de si, deveras atarefado nas atividades do dia a dia, talvez ache que esse livro seja só mais um livrinho piegas sobre o amor entre dois adolescentes. No entanto, quando a leitura é feita de forma mais atenta, dedicada, e quando o seu lado sentimental está, digamos, 'aflorado', a leitura te deixará marcado por um bom tempo (eu mesmo quase fui às lágrimas umas 3 ou 4 vezes).

     O livro já vendeu mais de 4 milhões de cópias só no Japão! A história fez tanto sucesso entre os japoneses que virou mangá e um seriado.




     Amor, amizade, sofrimento, morte... o livro nos traz a triste, mas bela, história de dois jovens Aki e Sakutarô, que iniciam uma amizade ainda na escola (ensino fundamental) e veem essa amizade se transformar em amor. Porém o amor entre eles termina (?) de forma trágica: Ela adoece e morre, mas ele não quer/consegue esquecer. Spoiler? Não se preocupem, ficamos sabendo da morte de Aki logo nas primeiras páginas. A história não é contada de forma linear. Usando técnicas parecidas com os flashbacks, variando entre presente e passado, ficamos sabendo como acontece todo o ocorrido.

     Evidentemente a história em si não nos traz nada de novo. A Literatura está cheia de casos semelhantes, mas o que é interessante é a maneira magnífica como tudo é contado. Eu prometi a mim mesmo tomar cuidado com os adjetivos, mas é difícil me controlar!



     Segundo o psicanalista austríaco Igor Caruso, uma separação nada mais é do que a vivência da morte em uma situação vital: é a vivência da morte do outro em minha consciência e da minha morte na consciência do outro. Digo morte, não necessariamente no sentido literal da palavra, mas das diversas mortes ou perdas das quais estamos sujeitos.

     Quando a perda é grave, a pessoa precisa de um tempo para se reerguer (período que chamamos de luto). Período este necessário para recuperarmos nossa individualidade, nosso equilíbrio. Porém, no livro, este período parece nunca chegar para Sakutorô, mesmo com  passar dos anos.


     Apesar de tudo o que ocorre, Aki ainda permanece viva dentro de Sakutarô: viva em sua memória e em seu coração. Os relacionamentos podem terminar, mas de forma relativa. Acho que só quem já passou por uma situação de perda (não necessariamente de morte), entende o que eu quero dizer. Eu já, talvez por isso o livro me pareceu tão convincente.


terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Aaah, o amor...


Tirado do blog "Um sábado qualquer"

domingo, 8 de dezembro de 2013

Yesterday - The Beatles


Yesterday
All my troubles seemed so far away
Now it looks as though they're here to stay
Oh, I believe in yesterday

Suddenly
I'm not half the man I used to be
There's a shadow hanging over me
Oh, yesterday came suddenly

Why she had to go I don't know
She wouldn't say
I said something wrong now I long
For yesterday

Yesterday
Love was such an easy game to play
Now I need a place to hide away
Oh, I believe in yesterday

Why she had to go I don't know
She wouldn't say
I said something wrong now I long
For yesterday

Yesterday
Love was such an easy game to play
Now I need a place to hide away
Oh, I believe in yesterday