terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Aaah, o amor...


Tirado do blog "Um sábado qualquer"

domingo, 8 de dezembro de 2013

Yesterday - The Beatles


Yesterday
All my troubles seemed so far away
Now it looks as though they're here to stay
Oh, I believe in yesterday

Suddenly
I'm not half the man I used to be
There's a shadow hanging over me
Oh, yesterday came suddenly

Why she had to go I don't know
She wouldn't say
I said something wrong now I long
For yesterday

Yesterday
Love was such an easy game to play
Now I need a place to hide away
Oh, I believe in yesterday

Why she had to go I don't know
She wouldn't say
I said something wrong now I long
For yesterday

Yesterday
Love was such an easy game to play
Now I need a place to hide away
Oh, I believe in yesterday

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Curiosidade do dia...


A forma do "coração" que conhecemos é devido a união de dois corações.

Que coisa, não?

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

My Jolly Sailor Bold




My Jolly Sailor Bold

Upon one summer's morning
I carefully did stray
Down by the Walls of Wapping
Where I met a sailor guy.

Conversing with a young lass
Who seem'd to be in pain,
Saying, William, when you go
I fear you'll ne'er return again.

My heart is pierced by Cupid
I disdain all glittering gold
There is nothing can console me
But my jolly sailor bold.

His hair it hangs in ringlets
His eyes as black as coal
My happiness attend him
Wherever he may go.

From Tower Hill to Blackwall
I'll wander, weep and moan
All for my jolly sailor
Until he sails home.

My heart is pierced by Cupid
I disdain all glittering gold
There is nothing can console me
But my jolly sailor bold.

My father is a merchant
The truth I now will tell
And in great London City
In opulence doth dwell.

His fortune doth exceed
300,000 gold
And he frowns upon his daughter
Who loves a sailor bold.

A fig for his riches
His merchandise and gold
True love has grafted my heart
Give me my sailor bold.

My heart is pierced by Cupid
I disdain all glittering gold
There is nothing can console me
But my jolly sailor bold.

Should he return in pov'rty
From o'er the ocean far
To my tender bosom
I'll press my jolly tar.

My sailor is as smiling
As the pleasant month of May
And often we have wandered
Through Ratcliffe Highway

Many a pretty blooming
Young girl we did behold
Reclining on the bosom
Of her jolly sailor bold.

My heart is pierced by Cupid
I disdain all glittering gold
There is nothing can console me
But my jolly sailor bold.

My name it is Maria
A merchant's daughter fair
And I have left my parents
And three thousand pounds a year

Come all you pretty fair maids
Whoever you may be
Who love a jolly sailor
That plows the raging sea

While up aloft in storm
From me his absence mourn
And firmly pray arrive the day
He's never more to roam.

My heart is pierced by Cupid
I disdain all glittering gold
There is nothing can console me
But my jolly sailor bold.

My heart is pierced by Cupid
I disdain all glittering gold
There is nothing can console me
But my jolly sailor bold

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

E na sexta-feira, o que você vai fazer?


- Este quadro é de Jackson Pollock, não é?
- Sim.
- O que ele representa para você?
- Ele representa a negatividade do universo. O abominável e solitário vazio da existência. O Nada. A condição do Homem forçado a viver em uma árida eternidade desprovida de Deus, como uma breve chama piscando no imenso vácuo com nada a não ser lixo, horror e degradação, presa em uma inútil camisa-de-força em meio aos cosmos negro e absurdo.
- O que você pretende fazer sábado à noite?
- Cometer suicídio.
- Ahn... E na sexta-feira?

Sonhos de um Sedutor (1972), de Woody Allen

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Essa abstinência uma hora vai passar...






"Você está saindo da minha vida, e parece que vai demorar."

...

"Cansei de chorar feridas que não se fecham, que não se curam"

...

"... Eu estava aqui o tempo todo, so você não viu...".

domingo, 13 de outubro de 2013

Hanami - Cerejeiras em Flor (2008)


Eu continuo a dizer que poucos filmes realmente me fizeram chegar às lágrimas (Cinema Paradiso; Noivo Neurótico, Noiva Nervosa; Juventude; Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças; etc.) e agora posso afirmar que mais um entrou nesta diminuta lista: HANAMI - CEREJEIRAS EM FLOR.

No filme, apenas a esposa Trudi sabe que seu marido Rudi está doente e que em poucos meses ele irá morrer. Decidida a ficar junto com ele nestes últimos dias de vida, Trudi, sem contar esta triste notícia ao seu marido,  decide levar Rudi para visitar os filhos e netos em Berlim, porém estes estão ocupados demais com suas vidas, não se importando com a visita dos pais.




Em sua segunda viagem, desta vez ao Mar Báltico, Trudi falece repentinamente, deixando o marido sozinho. Rudi fica desesperado e, através da namorada de sua filha ele descobre que há muito tempo atrás, o amor de Trudi por ele a fez deixar de lado uma vida que ela sempre quis viver (dançarina de Butô).

Atormentado por isso, Rudi vai ao Japão, na época do festival das cerejeiras, e ao mesmo tempo vai de encontro ao Monte Fuji, local onde a mulher sempre quis ir, certo de que, ao seu modo, sua mulher estaria com ele durante todo o momento.

Evidentemente o filme não é "só isso". Aprendemos coisas importantes. Com o amor, por exemplo, devemos cuidar sempre, e dá-lo a chance de florir e quando isso ocorrer, saber apreciá-lo, pois nem sempre sabemos o quanto durará.



O tema central do filme talvez seja a transitoriedade das coisas. Da vida, das pessoas... dos momentos especiais. Há uma linda história, um romance, marcado todo o tempo por momentos intensos. Intensos, mas na sua maioria breves. Talvez daí venha o título do filme, pois as flores de cerejeiras são uma das coisas mais lindas que podemos ter o prazer de ver, mas ocorrem apenas uma ou no máximo duas vezes por ano. É por isso que os japoneses  se sentam sob as cerejeiras em flor, pois estas ficam maravilhosamente belas quando estão floridas, porém há dor pelo fato de que este período de floração é curto.



A trilha sonora dá um ritmo todo especial ao filme. Músicas instrumentais (principalmente da cultura japonesa - e quem já leu mais alguma outra coisa minha desse blog saberá o meu gosto quanto à cultura nipônica). As melodias são leves, sutis, singelas, predominando os instrumentos simples: harpas, teclados, flautas... tudo diametralmente ao rock n'roll

O filme não foi muito divulgado no Brasil. Eu mesmo o conheci por acaso, durante minhas compras na Livraria Cultura. Estava procurando algum filme bom (como os que só lá eu consigo encontrar) e me deparei com ele. É uma tendência natural nossa (ou só minha, sabe-se lá!) tender a evitar o desconhecido. Naquele dia eu estava procurando algum dos filmes que eu já ouvira falar, de algum diretor já conhecido (Polanski, Almodóvar, Felini, Lars Von Trier, etc.) e me deparo com este, totalmente desconhecido para mim, da até então também desconhecida diretora alemã Doris Dörrie.


Doris Dörrie nasceu em Hannover, Alemanha, em 1955. Estudou Cinema na Califórnia, em Nova York, e em Munique. Nos anos 1970, realizou diversos documentários e também foi crítica de cinema para alguns jornais. Seu filme de estréia foi Straight Through the Heart (1983).

Eu sempre me considerei autodidata quanto à meus singelos conhecimentos 'extra curriculares'. E sinto uma tremenda felicidade quando consigo descobrir, sozinho (sem indicações) um filme como esses...

Assistam o trailer, clicando aqui.

Quem puder assistir, faça!

domingo, 6 de outubro de 2013

Hans Zimmer



Hans Florian Zimmer (nascido em 12 de Setembro de 1957, Frankfurt) é um compositor alemão, conhecido mundialmente por seus trabalhos com trilha sonoras de filmes.

Nascido em Frankfurt, Zimmer iniciou sua carreira musical tocando teclados e sintetizadores, entre outros instrumentos, com as bandas 'Ultravox' e 'The Buggles' ("Video Killed the Radio Star"). Nos anos 80, começou a compor e produzir trilhas sonoras para filmes. Seu primeiro grande sucesso veio em 1988 com o tema de Rain Man, pelo qual foi indicado ao Oscar.

Desde então, tem composto música para muitos filmes como O Último Samurai, Gladiador, Falcão Negro em Perigo, Hannibal, O Código Da Vinci, Pearl Harbor e Missão Impossível 2. Zimmer também compôs parte da trilha sonora da série Piratas do Caribe, trabalho que define muito bem o estilo do compositor.

 

Recentemente, compôs a trilha sonora de The Dark Knight junto com James Newton Howard. Também contribuiu nos arranjos do álbum de Tarja Turunen, My Winter Storm. Em 2008 ele compôs um filme animação da DreamWorks: Kung Fu Panda junto com John Powell. Ainda em 2008, Hans compôs para mais um filme de animação da DreamWorks Animation, Madagascar: Escape 2 Africa, junto com will.i.am. 

E em 2009, compôs a trilha sonora de Anjos e Demônios e do jogo Call of Duty: Modern Warfare 2, considerado o maior sucesso da industria dos jogos e um dos maiores sucessos da industria do entretenimento.


Também 2009 compôs a trilha sonora de Sherlock Holmes, com a qual foi indicado ao Oscar, porém perdeu para o filme Up: Altas Aventuras. Em 2010 fez a trilha de A Origem, continuando sua colaboração com o diretor Christopher Nolan, além de ter participado também da composição da trilha sonora da mini série The Pacific. Um dos trabalhos notáveis de Zimmer foi em seu trabalho em The Dark Knight - o segundo filme da trilogia de Christopher Nolan . 

Em dezembro de 2010, foi anunciado que Zimmer será o compositor do remake da série Superman Homem de Aço, produzido por Nolan e dirigido por Zack Snyder.

Em 1995 foi premiado com o Oscar de melhor Trilha Sonora Original com a longa-metragem O Rei Leão que transporta o ouvinte para o mundo africano. O alemão foi indicado ao Oscar pelas trilhas de Rain Man, Um Anjo em Minha Vida, Missão Impossível, O Príncipe do Egito, Além da Linha Vermelha, Gladiador, Sherlock Holmes e A Origem. Na disputa pelo Globo de Ouro foi indicado 7 vezes e levou o Globo 2 vezes (O Rei Leão e Gladiador). 


O estilo de Zimmer é caracterizado pelo uso predominante de sons metálicos, combinados com coro de vozes marcantes. A mistura de sintetizadores com fundo orquestrado e melodias simplistas, como as presentes nas trilhas de Pearl Harbor, Piratas do Caribe e Gladiador, são constantes em muitos de seus trabalhos.

Fonte: Wikipédia

sábado, 5 de outubro de 2013

domingo, 29 de setembro de 2013

Capitu...

"A notícia de que ela vivia alegre, quando eu chorava todas as noites, produziu-me aquele efeito, acompanhado de um bater de coração, tão violento, que ainda agora cuido ouvi-lo."

"Mas a saudade é isto mesmo; é o passar e repassar das memórias antigas"

- Dom Casmurro


domingo, 18 de agosto de 2013

Rapture!


"Qual a diferença entre um homem e um parasita?

O homem constrói. O parasita pergunta: 'Onde está a minha parte?'. O homem cria. O parasita diz: 'O que os vizinhos vão pensar?'. O homem inventa. O parasita fala: 'Cuidado, ou pode cutucar a ira de Deus'."



"Eu sou Andrew Ryan e estou aqui para lhe fazer uma pergunta: o homem não merece aquilo que conquista com seu próprio suor? 'Não', diz o homem de Washington, 'quem merece são os pobres'. 'Não', diz o homem do Vaticano, ' Quem merece é Deus'. 'Não', diz o homem em Moscou, 'quem merece são todos'.

Eu rejeitei todas essas respostas. Pelo contrário, escolho outra coisa. Escolho o impossível! Escolho... Rapture! 



Uma cidade onde o artista não temeria a censura. Onde o cientista não seria limitado pela mera moralidade. Onde o grandioso não seria restringido pelo ínfimo. E, com o seu próprio suor, Rapture pode se tornar sua cidade também."

- Andrew Ryan, 
Bioshock



terça-feira, 16 de julho de 2013

Consolo na praia


Vamos, não chores…
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.

O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.

Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis casa, navio, terra.
Mas tens um cão.

Algumas palavras duras,
em voz mansa, te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.
Mas, e o humour?

A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.

Tudo somado, devias
precipitar-se – de vez – nas águas.
Estás nu na areia, no vento…
Dorme, meu filho.

Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 15 de julho de 2013

domingo, 14 de julho de 2013

Um dia só de Vinícius!

1 - Receita de Mulher:



2- Onde anda você:


3- Garota de Ipanema:


4- Canto de Ossanha:


5- Tarde em Itapuã:






quinta-feira, 11 de julho de 2013

A carta anônima que jamais enviarei.


Prezada amiga,

Vim acompanhando com bastante curiosidade - e à distancia, é verdade - sua rotina diária: A maneira com que manipula o computador, como corta papel, como atende ao telefone ou como ajuda um cliente.

É certo que o ambiente é um dos mais agradáveis possíveis e que com certeza lhe permitirá o contato com as pessoas mais inusitadas - e se me permite a ousadia... pessoas como eu.

Não posso negar o prazer que tenho ao tomar um cappuccino enquanto lhe observo. Nem mesmo as páginas do meu livro, ao qual peguei emprestado para simular meu disfarce, conseguem me ajudar. O livro aberto e meus olhos presos em você. O agradável cheiro de minha bebida cafeinada se confunde com o prazer de minha visão. 


Sei que falando assim eu pareço um dos mais temíveis personagens, mas minhas intenções são inocentes e inofensivas, lhe garanto. Quais são elas? Bem... você tem o direito de saber, é evidente. Mas não sei se você me entenderia. Obviamente não se trata de nenhum amor platônico ou muito menos as observações de um tarado-sexual-obssessivo. Por favor, não me julgue tão duramente, nem tudo na vida é binário.

Outro dia conversamos no caixa sobre o livro que eu estava comprando (O Lago, Yasunari Kawabata). Foi breve, só o tempo suficiente para a máquina processar o meu débito em conta. Sua simpatia comigo foi cativante. Estava somente sendo educada com um cliente? Provavelmente sim, mas lembrei do seu sorriso ao término de cada capítulo do livro.

Não quero me alongar por muito mais tempo, já que temo estar sendo enfadonho, mas admito que  estou curioso para ver sua reação ao ler estas palavras. Você deixará a carta sutilmente sobre a mesa enquanto levanta seus olhos em busca de mim? Mostrará à alguma amiga próxima, pedindo sua opinião? Mudará de emprego com medo de estar sendo seguida? Rsrsrsrs.. garanto que a última hipótese não será necessária.

Fico por aqui, e caso queira me conhecer e tomarmos um café enquanto conversamos sobre o que quer que seja, ou esteja apenas curiosa para ver o meu rosto, vá sexta-feira com o cabelo preso com o prendedor que lhe envio junto a este bilhete. Pensei em um prendedor preto, mas creio que amarelo ficaria muito mais visível à distância, se é que me entende. 

Ciao,

Seu amigo,

O Leitor

sábado, 6 de julho de 2013

Aqueles momentos...

... tão Hannibal.



Quem nunca?

sexta-feira, 28 de junho de 2013

O Anticristo, de Lars Von Trier


O que dizer de O Anticristo?

Pertubador? Enigmático? Profundo? Decepcionante? Realmente é complicado lançar qualquer adjetivo sem parecer falso ou exagerado. Eu acredito que, da mesma forma que os expectadores amam (ou odeiam) os outros filmes do cineasta dinamarquês Lars Von Trier, não é possível realmente descrever o filme, a não ser assistindo-o. Esse filme só atinge seu real significado para expectadores que já conhecem os meios de Lars, sua simbologia, metáforas, suas provocações e analogias...

Esse é o segundo filme do cineasta que eu assisti (o primeiro foi Melancolia). E de início já pude perceber algo em comum logo no início: As cenas em câmera lenta e uma bela melodia ao fundo (Lascia ch’io Pianga, da ópera Rinaldo, de Handel.)

É certo que o enredo do filme por si só, já comove.

Um casal, que não se sabe o nome, apenas que o homem é um analista e a mulher uma intelectual (interpretados por Willem Defoe e Charlotte Gainsbourg) está sofrendo pela recente perda de seu filho, que sofre um acidente ao cair da janela no exato momento em que os pais fazem amor.



No período que se segue, o casal se muda para uma cabana afastada de tudo, para que o marido, terapeuta, possa trabalhar os traumas, medos e anseios da esposa, já que a mulher parece ter uma estranha ligação com a cabana. Mas coisas estranhas começam a acontecer...


 


Não quero entrar em detalhes, e tirar o prazer de assistir ao filme, mas o que se segue são cenas de violência, sexo, perseguição, tortura e terror psicológico (a esposa estaria neurótica e sofrendo de doenças psíquicas ou estaria sofrendo influências do sobrenatural?).

De certo, o filme é cheio de simbolismos, eu pude notar alguns:

- O veado com um filhote preso ao corpo (a esposa acabara de perder o filho);
- Os chamados 'Três mendigos" que quando surgem anunciam uma morte (relação com os três reis magos que anunciam o nascimento de Cristo?)
- O nome da floresta ser Éden (alguma alegoria com a bíblia?)
- O marido ter sido 'incapacitado" pela mulher justamente na perna (enquanto a esposa trocava, propositadamente os sapatos - esquerodo pelo direito - di filho, forçando-o à uma pequena deformação nos pés);
- Entre outros...

 

De fato esses simbolismos podem até não terem sido percebidos logo de cara, mas talvez, vendo o filme pela segunda vez, é possivel notar que algumas coisas não aparecem só por aparecer. Elas tem um significado mais profundo. Eu mesmo, durante o filme, tive a estranha sensação de que coisas estavam acontecendo ao redor, mas não conseguia identificar (ou absorver) seu significado.

 



 

O próprio título do filme: O Anticristo, seria inspirado no nome do livro do filósofo Friederich Nietzsche, um favoritos do cineasta? Não se sabe, mas provavelmente este seja mais um dos simbolismos do filme!

Resumindo:

O Anticristo, de Lars Von Trier, é um filme extremamente passível a interpretações. O que dependerá, é claro, do conhecimento prévio e  do estado de espírito do público. Vale a pena conferir!

domingo, 23 de junho de 2013

Obsceno

O artista francês Jean-Pierre Ceytaire em seu ateliê.


Hoje, bem no meio de minhas leituras, encontro este interessante questionamento, feito por Montaigne:

"O que pode o ato sexual, tão natural, legítimo, ter feito ao homem para que ele não ouse mais falar do assunto sem vergonha e para que exclua dos discursos sérios e moderados? Dizemos corajosamente: matar, roubar, trair; por que só aquilo deveria ser pronunciado à boca pequena?"

Faz sentido, claro. Nós, pessoas 'civilizadas' de uma maneira geral, temos uma tendência a nos sentirmos incomodados à quase tudo relacionado ao sexo, como se fosse algo errado ou proibido. Um tabu? Pelo menos aqui no Ocidente, mas creio que não seja exatamente assim no Oriente.

Obra de Jean-Pierre Ceytaire

Aprendemos desde cedo a ser cautelosos com a escolha de nossas palavras, e em grande parte das vezes, até com nossos pensamentos. Assim, algumas pessoas continuam com essas programações mentais, mesmo depois de adultos. Alguns até dirão que foi a educação recebida, mas não sou totalmente de acordo com essa afimação. Quando reprimimos tais pensamentos (e vontades) tendemos a criar sentimentos reprimidos, o que pode, em alguns casos, desencadear sintomas neuróticos.

É a velha e tradicional disputa entre o id (depósito ou conjunto de nossos impulsos instintivos, agressivos e sexuais - na grande parte das vezes inconscientes) e o superego (Nossa consciência, representando nossa assimilação ou aceitação, dos padrões recebidos dos nossos pais e da sociedade). Ambos os termos são bem conhecidos na psicologia.

Obra de Jean-Pierre Ceytaire




 Não creio que chegue a ser hipocrisia das pessoas não aceitar tais vontades, até por que algumas dessas vontades precisam realmente ser controladas. Talvez algumas pessoas simplesmente não aceitem que podem, ou devem, dar ouvidos a tais vontades, ou fetiches (Há alguns limites, claro - zoofilia, pedofilia, necrofilia, etc).

Todos nós temos interesse pelo tema. Quem nunca, secretamente, teve sua atenção redobrada em determinado trecho de filme ou livro quando este se torna um pouco mais 'picante'? Quando aparece alguma mulher nua? Eu particulamente confesso: sou um desses!

Creio que seja visível: pessoas sexualmente bem resolvidas tendem a ser mais felizes. Já ouviram a expressão "essa daí tá precisando é 'namorar'". A frase pode parecer machista, mas ela tambem é perfeitamente aplicada aos homens, acreditem.

Alguns se satisfazem com a pornografia tradicional (fotos ou videos em que pode-se até mesmo ver o útero da 'atriz'). Outros preferem algo ainda mais ousado (sexo com animais, anões, idosos, pessoas deformadas, cenas de tortura, fezes e/ou urina, etc.). Não é bem o meu caso. Eu me sinto mais atraido por algo mais sutil.

Bad Boy, de Eric Fischl

Algumas possoas podem até rir (e não acreditar) no que eu vou falar, mas pornografia não é a minha especialidade. No campo da literatura (erotica), por exemplo, me sentiria um pouco mais a vontade em falar. Mas ai já seria um assunto para um outro post.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Sonhos, de Akira Kurosawa


Amigos, creio que já é do conhecimento de todos que um dos meus cineastas favoritos é o japonês Akira Kurosawa. Não sei bem o motivo, mas creio que seja por que sempre tive uma quedinha pelo antigo Japão tradicional, não o atual (o Pop). Eu sempre tive uma tendência a ser meio melancólico e o que seria mais tradicional e melancólico do que as antigas vilas dos samurais, a cultura milenar dos japoneses, a tradicional cerimônia do chá, (etc, etc.)?

Kurosawa influenciou uma série de diretores no ocidente (Coppola, Spielberg, Scorsese, George Lucas, entre outros). Para os mais estudiosos da história do Cinema, ele não foi o melhor cineasta do Japão, mas sem dúvida é o mais conhecido entre nós, principalmente por conta de seus filmes de samurai.

Nesse final de semana acabei de assistir o filme Sonhos (1990). Adianto logo que o filme não comenta nada sobre samurais, pois trata-se de breves episódios (ou sonhos) que abrangem diversos temas. O que mesmo assim não me desapontou em nada.




O filme é extremamente bonito. Acho que essa é a palavra correta a ser usada. Bela fotografia, excelentes cenários, figurino, trilha sonora... Creio que para aqueles que possuem uma alma sensível (e me arrisco até a dizer, um mínimo de bom gosto) é bem provável que após assistir Sonhos você não seja mais o mesmo.

Exagero? Acho que não. 

Lendas do folclore japonês (Um raio de sol através da chuva e A tempestade) O perigo e as consequências que o homem está sujeito ao horror radioativo (Monte fuji em vermelho e Demônio que chora). A destruição da natureza (O Jardim das pessegueiras), a tragédia da honra militar e os soldados que se recusam a aceitar sua morte (O túnel). A beleza das paisagens que serviram de inspiração para o pintor holandês Vicent Van Gogh (Corvos). A utopia de uma pequena vila que vive como os homens de antigamente, sem tecnologia, apenas em harmonia com a natureza (O vilarejo dos moinhos).

Assistam, não há mais o que dizer. Um filme que precisa ser apreciado não só com os olhos, mas também com o coração.