quarta-feira, 10 de setembro de 2014
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
sábado, 23 de agosto de 2014
sexta-feira, 15 de agosto de 2014
domingo, 27 de julho de 2014
A Ostra e a pérola
Ostra feliz não faz pérola.
Uma ostra, pra fazer pérola, precisa ter um grão de areia dentro dela.
Um grão de areia faz a ostra sofrer.
E a ostra faz a pérola pra deixar de sofrer.
- Rubem Alves.
sábado, 26 de julho de 2014
A Noite dos Mortos Vivos
"Pense em todas as pessoas que já viveram e morreram e que nunca mais verão as árvores, a grama ou o sol.
Tudo parece tão breve, tão... inútil, não é? Viver um pouquinho e depois morrer? Tudo parece resultar em nada.
Ainda sim, de certa forma, é fácil invejar os mortos. Eles estão além da vida, além da morte.
Têm sorte de estarem mortos, de terem feito as pazes com a morte e não precisarem mais viver. Então debaixo da terra, alheios ao medo de morrer.
Não precisam mais viver, nem morrer, nem sentir dor, nem conquistar nada. Ou saber qual é o próximo passo, e nem se perguntar como seria enfrentar a morte.
Porque a vida parece ao mesmo tempo tão feia, bonita, triste e importante quando estamos vivos? E tão banal quando chegamos ao fim?
A chama da vida arde por um tempo e depois se apaga. As sepulturas aguardam pacientemente a hora de serem ocupadas. A morte é o fim de toda vida. Quando sopra a brisa alegre de uma nova vida, ela não sabe e nem se importa com a antiga vida, e quando chega a hora, morre também.
Viver é se remexer constantemente em um túmulo. As coisas vivem e morrem. As vezes vivem bem, e as vezes vivem mal, mas sempre vivem. E a morte é aquilo que reduz todas as coisas ao menor denominador comum.
Por que será que as pessoas têm medo de morrer?
Não é pela dor. Não é sempre pelo menos. A morte pode ser instantânea e quase indolor. A morte em si é um fim para toda dor. Então porque as pessoas têm medo de morrer? Que coisas poderiam aprender com os mortos se eles encontrassem um modo de voltar para nós, de voltar dos mortos?
Seriam nossos amigos? Ou os nossos inimigos?
Saberíamos lidar com eles? Nós... que nunca superamos o medo de encarar a morte."
- Texto extraído do livro 'Night of the Living Dead', by John Russo.
sexta-feira, 4 de julho de 2014
A coisa mais linda do mundo
"Esse filme é um curta metragem que ganhou vários prêmios e se chama The Most Beautiful Thing, dirigido e criado por Cameron Covell. Fala sobre amor, acessibilidade e sobre o que é a coisa mais linda do mundo e como se manifesta."
quarta-feira, 2 de julho de 2014
Ian Fleming (1908 - 1964)
Ian Lancaster Fleming (Londres, 28 de maio de 1908 — Caterbury, 12 de agosto de 1964) foi um oficial da Inteligênica Naval do Reino Unido, jornalista e escritor britânico, mais conhecido por seus romances de espionagem da série James Bond, e por ter criado este famoso personagem.
Fleming nasceu em uma família rica: seu pai era um membro do parlamento de Henley de 1910 até sua morte em 1917 na Frente Ocidental durante a Primeira Guerra Mundial. Educado no Eton College, na Real Academia Militar de Sandhurst e nas universidades de Munique e Genebra, Fleming teve vários empregos antes de começar a escrever.
Enquanto trabalhava na Inteligência Naval Britânica durante a Segunda Guerra Mundial, Fleming foi envolvido em diversas operações. Seu serviço na guerra e sua carreira como jornalista lhe deram base e conhecimentos para escrever doze romances de Bond e dois livros de contos. As histórias de Bond estão entre os livros mais vendidos de todos os tempos, com mais de 100 milhões de cópias vendidas mundialmente.
Fleming fumava e bebia muito, e sofria de doença do coração; ele morreu em 1964, aos 56 anos, de um ataque cardíaco. Dois de seus livros de Bond foram publicados postumamente, e desde então outros cinco autores produziram romances com o personagem. A criação de Fleming já apareceu em vinte e cinco filmes, tendo sido interpretado por oito atores em um período de 50 anos.
Após a morte de Fleming, seus editores literários periodicamente contrararam outros autores para continuar os romances de James Bond. Durante o período entre 1957 e 1964, Fleming trabalhou intermitentemente com o escritor Geoffrey Jenkins em uma ideia de história para Bond. Depois da morte de Fleming, Jenkins recebeu um pedido da Glidrose Productions para escrever um romance de Bond, Per Fince Ounce, que nunca foi publicado.
Durante sua vida, Fleming vendeu mais de trinta milhões de livros; o dobro desse número foi vendido apenas nos dois anos seguintes após sua morte. Em 2008, o The Times o colocou na décima-quarta posição em sua lista dos "50 Maiores Escritores Britânicos desde 1945". Em 2002, a Ian Fleming Publications anunciou o lançamento do prêmio CWA Ian Fleming Steel Dagger, entregue pela Crime Writers' Association para o melhor romance de espionagem, aventura ou suspense publicado no Reino Unido.
A série de filmes de Bond produzidos pela EON Productions, que começou em 1962 com Dr. No, continuou após a morte de Fleming. Junto com outros dois filmes independentes, a EON já produziu vinte e três filmes com o personagem, com o último, Skyfall, sendo lançado em novembro de 2012.183 A série da EON Productions já arrecadou Harry Potter.
A rede de televisão canadense CBC exibiu um especial chamado "Explorations", gravado diretamente da GoldenEye, sua casa na Jamaica, onde o autor defendeu o sexo e a violência em seus livros, debateu como suas próprias experiências ajudaram a moldar o personagem que o tornou famoso, e o motivo pelo qual o chá levou a queda do império britânico.
A influência de Bond no cinema e na literatura é evidente em filmes e livros diversos. Em 2011, Fleming se tornou o primeiro escritor de língua inglesa a ter um aeroporto internacional nomeado em sua homenagem. O Aeroporto Internacional Ian Fleming, em Boscobel, Jamaica, foi oficialmente inaugurado em 12 de janeiro de 2011 pelo Primeiro-Ministro da Jamaica Bruce Golding e pela sobrinha de Fleming, Lucy.
O primeiro livro estrelado por James Bond foi Cassino Royale, lançado em 1953. Então, todo ano, Ian Fleming ia para sua casa na Jamaica, chamada GoldenEye, para escrever um novo livro, até sua morte em 1964. Após sua morte, seus herdeiros publicaram duas obras: The Man with the Golden Gun e Octopussy and The Living Daylights (livro de contos). As obras foram publicadas em 1965 e 1966, respectivamente.
- Casino Royale (1953)
- Viva e Deixe Morrer / Live and Let Die (1954)
- Moonraker (1955)
- Os Diamantes são Eternos / Diamonds Are Forever (1956)
- Moscou contra 007 / From Russia, with Love (1957)
- 007 contra o Satânico Dr. No / Dr. No (1958)
- Goldfinger (1959)
- Apenas para os Seus Olhos / For Your Eyes Only (1960)
- Chantagem Atômica / Thunderball (1961)
- O espião que me Amava / The Spy Who Loved (1962)
- A serviço de Sua Majestade / On Her Majest's Secret Service (1963)
- Só se Vive Duas Vezes / You Only Live Twice (1964)
- O Homem da Pistola de Ouro / The Man with the Golden Gun (1965)
- Octopussy and The Living Daylights - Livro de Contos (1966)
Fonte: Wikipédia
quinta-feira, 26 de junho de 2014
Não é fácil....
"Não é fácil, não pensar em você...
É estranho não te contar meus planos..
Não te encontrar..."
terça-feira, 6 de maio de 2014
Hannibal, por Ridley Scott
"Muita gente tem a impressão de que Hannibal vem antes e não como uma sequência do inesquecível O Silêncio dos Inocentes, de Jonathan Demme. Para os fãs extremados, é a terceira parte da trilogia do Dr Lecter, que na verdade começa com o excelente Dragão Vermelho. Para mim, Hannibal é um filme isolado.
De certa forma, eu vejo Hannibal como uma história romântica. Escura e trágica, para ser sincero, mas, em baixo de sua superfície de suspense e violência, eu sempre estive fascinado por sua história de amor impossível e seu senso de humor. Dois personagens que não podem separar-se na vida e, mesmo existindo um abismo entre eles, são espíritos afins.
Thomas Harris criou um rico e hipnotizante romance que foi transformado em filme..."
- Ridley Scott.
Eu fiz questão de transcrever essa declaração do diretor do filme (o lendário Ridley Scott, que também dirigiu Alien - o 8º passageiro, Blade Runner, Falcão Negro em Perigo, Cruzada, Gladiador, entre outros). O motivo? Ele disse algo que resume bem a coisa toda, como eu vejo:
"De certa forma, eu vejo Hannibal como uma história romântica. Escura e trágica, para ser sincero, mas, em baixo de sua superfície de suspense e violência, eu sempre estive fascinado por sua história de amor impossível..."
Eu sei que é perfeitamente normal lembrar da violência, canibalismo, etc. quando se fala sobre Hannibal Lecter. Mas acho terrível limitar um personagem tão rico e fascinante como ele apenas como um louco canibal. Isso seria apenas ver pela superfície. Mas não culpo as pessoas por pensarem assim, afinal elas só veem um filme e ficam tensas com algumas cenas de violência.
Não sou insensível a isso tudo. Não por ser sádico ou ter alguma parafilia nisso. Na verdade, o canibalismo é a parte que menos gosto no Dr. Lecter. Eu posso dizer isso porque vi todos os filmes, li todos os livros e estou assistindo a série (sim, eu sou fã, deu pra perceber? Rsrsrs).
Pra mim, Hannibal não é necessariamente mau. Ele é destrutivo, o que é diferente de ser mau. Afinal, as tempestades, furacões e terremotos possuem um alto poder de destruição, mas você não pode dizer que sejam coisas do mal. Dessa forma, eu vejo Hannibal, assim como os terremotos, tempestades e furacões... apenas como mais um fenômeno da natureza.
Então, por favor, não venham criticar a história, sem ao menos entendê-la. Hannibal Lecter está longe de ser só mais um "psicopata canibal" Quem pensa assim... bem, dê meia volta e vá assistir Dexter.
quinta-feira, 1 de maio de 2014
Como seria ser como Davy Jones?
Imagino-me, as vezes, como seria viver na pele de Davy Jones, o cruel, solitário e amargo capitão do Holandês Voador.
Velejar pelos escuros, frios e distantes mares ao redor do globo. Isso sem falar que conheceria as maravilhas do fundo do oceano. Poderia agir sem medo, liberar meus instintos mais selvagens, não ter piedade, ou que me preocupar com mais ninguém.
O ar frio da noite seria o combustível que o manteria sempre alerta. Os respingos de maré, a certeza de que nada mais o deteria. A certeza de que era intocável, acontecesse o que fosse.
E assim, retornaria sempre tranquilo para o lar, ou o que poderia ser chamado de lar, pois seu coração estaria escondido numa ilha distante, trancafiado em um baú, protegido até dele mesmo.
A priori, estaria livre, sem sentir dores ou remorsos. Nada de decepções amorosas ou crises de consciência. Porém, bastava soar o nome da amada que, mesmo à milhares de léguas, uma terrível fisgada poderia ser sentida em seu coração.
Mesmo à distância, o coração de Davy Jones se partia... mais uma vez.
quarta-feira, 30 de abril de 2014
Woody Allen - Stardust Memories - Opening Scene
Que caminho você quer seguir da sua vida? Talvez ainda dê tempo de escolher o trem certo...
segunda-feira, 28 de abril de 2014
sexta-feira, 18 de abril de 2014
Gabriel García Márquez (1927 - 2014)
Gabriel José García Márquez (Aracataca, 6 de março de 1927 — Cidade do México, 17 de abril de 2014)2 foi um escritor, jornalista, editor, ativista e político colombiano. Considerado um dos autores mais importantes do século XX, foi um dos escritores mais admirados e traduzidos no mundo, com mais de 40 milhões de livros vendidos em 36 idiomas.
Foi laureado com o Prêmio Internacional Neustadt de Literatura em 1972, e o Nobel de Literatura de 1982 pelo conjunto de sua obra, que entre outros livros inclui o aclamado Cem Anos de Solidão. Foi responsável por criar o realismo mágico na literatura latino-americana. Viajou muito pela Europa e viveu até a morte no México. Era pai do cineasta Rodrigo García.
Primeiros dias
Gabriel García Márquez, também conhecido por Gabo, nasceu em 6 de março de 1927, na cidade de Aracataca, Colômbia. Seu avô materno Nicolás Márquez, que era um veterano da Guerra dos Mil Dias, cujas histórias encantavam o menino, e sua avó materna Tranquilina Iguarán, exerceram forte influência nas histórias do autor. Um exemplo são os personagens de Cem Anos de Solidão.
Gabriel estudou em Barranquilla e no Liceu Nacional de Zipaquirá. Passou a juventude ouvindo contos das Mil e Uma Noites; sua adolescência foi marcada por livros, em especial A Metamorfose, de Franz Kafka. Ao ler a primeira frase do livro, "Quando certa manhã Gregor Samsa acordou de sonhos intranquilos, encontrou-se em sua cama metamorfoseado num inseto monstruoso", pensou "então eu posso fazer isso com as personagens? Criar situações impossíveis?".
Em 1947 muda-se para Bogotá para estudar direito e ciências políticas na universidade nacional da Colômbia, mas abandonou antes da graduação. Em 1948 vai para Cartagena das Índias, Colômbia, e começa seu trabalho como jornalista.
Jornalismo
Em 1958 trabalha como correspondente internacional na Europa, retorna a Barranquilha e casa-se com Mercedes Barcha com quem tem dois filhos, Rodrigo e Gonzalo.
Em 1961 vai para Nova Iorque para trabalhar como correspondente internacional, mas suas críticas a exilados cubanos e suas ligações com Fidel Castro o fizeram ser perseguido pela CIA e com isso muda-se para o México.
Em 1994 funda juntamente com seu irmão, Jaime Abello, a Fundação Neo Jornalismo Ibero americano.
Literatura
Seus livros alcançaram repercussão na Europa nos anos 1960 e 1970. Seus livros refletiam sobre os rumos políticos e sociais da América Latina. Teve como seu primeiro trabalho o romance "La Hojarasca" publicado em 1955. Em 1961 publica "Ninguém escreve ao coronel". A obra Relato de um náufrago, muitas vezes apontada como seu primeiro romance, conta a história verídica do naufrágio de Luis Alejandro Velasco e foi publicado primeiramente no "El Espectador", somente sendo publicada em formato de livro anos depois, sem que o autor soubesse.
O escritor colombiano possui obras de ficção e não ficção, tais como Crônica de uma morte anunciada e O amor nos tempos do cólera. Em 1967 publica Cem Anos de Solidão - livro que narra a história da família Buendía na cidade fictícia de Macondo, desde sua fundação até a sétima geração -, considerado um marco da literatura latino-americana e exemplo único do estilo a partir de então denominado "Realismo Fantástico".
Suas novelas e histórias curtas – fusões entre a realidade e a fantasia – o levaram ao Nobel de Literatura em 1982. Em 2002 publicou sua autobiografia Viver para contar, logo após ter sido diagnosticado um câncer linfático. Marquéz apontou como o seu mestre o escritor Norte-Americano William Faulkner.
Seu último Romance foi Memórias de minhas putas tristes. Uma curiosidade sobre este livro é que o autor o escreveu, logo após ter se inspirado no romance A casa das belas adormecidas, do Nobel japonês Yasunara Kawabatta. O que despertou a curiosidade dos leitores sobre esse clássico da literatura japonesa, pois foi essa mesma obra que tirou Gabriel García Marquez de sua inércia literária, já que o mesmo estava anos sem escrever nenhum romance.
Morte
Em abril de 2009 Márquez declarou que havia se aposentado e que não pretendia escrever mais livros. Essa notícia viu-se confirmada em 2012, quando o seu irmão, Jaime Garcia Marquez, anunciou que foi diagnosticada uma demência a Gabriel Garcia Marquez e que, embora estivesse em bom estado físico, havia perdido a memória e não voltaria a escrever.
García Márquez morreu em 17 de abril de 2014 na Cidade do México, vítima de uma pneumonia, pouco mais de um mês após completar 87 anos. O autor lutava contra a reincidência de um câncer que atingia seus pulmões, gânglios e fígado. Em 1999, ele já tinha conseguido superar um câncer linfático.
Fonte: Wikipédia
Fonte: Wikipédia
Em um encontro com Jorge Amado |
O líder palestino Yasser Arafat cumprimenta o escritor |
Na companhia dos escritores Carlos Fuentes e Toni Morrison |
Com o escritor português José Saramago |
Ao lado do escritor Mario Vargas LLosa |
domingo, 13 de abril de 2014
O Método Stanislávski
Constantin Stanislavski (1863-1938 - Rússia) foi ator e diretor de teatro que, em 1897, ficou no Teatro de Arte de Moscou, na direção do qual manteve-se durante quarenta anos. Tornou-se célebre ao utilizar sua experiência como diretor e professor, para criar um sistema de ensino da arte de representar chamado "O Método Stanislavski".
Quando começou a atuar, Stanislavski existiam duas formas distintas de representação, que marcaram a evolução das artes cênicas no século XIX: o teatro tradicional (bastante estilizado, onde o ator exibia gestos nada realistas) e a técnica recém surgida de representação realista. O objetivo fundamental das pesquisas Stanislavskianas é estabelecer a total intimidade entre ator e a personagem, para que haja a identificação de ambos.
Em suas palavras: "Todos os nossos atos, mesmo os mais simples, aqueles que estamos acostumados em nosso cotidiano, são desligados quando surgimos na ribalta, diante de uma platéia de mil pessoas. Isso é por que é necessário se corrigir e aprender novamente a andar, sentar, ou deitar. É necessário a auto reeducação para, no palco, olhar e ver, escutar e ouvir."
Os traços característicos da arte dele são: O realismo, e até mesmo o naturalismo total (isto é, a naturalidade total), dos movimentos e da ficção. "O ator tem de dominar a biografia total do personagem". Stanislávsky descobriu que a emoção independe da vontade.
É importante para um ator sentir-se bem para representar um papel. O trabalho do ator passa fundamentalmente pela preparação de seu instrumental cênico, o corpo, que inclui a voz e emoção.
O conceito fundamental de Stanislavsky é o da Memória Emotiva em que o ator usa duas experiências pessoais para viver determinada circunstância em cena. E segundo o seu sistema, o ator deve construir psicologicamente a personagem, de forma minuciosa. Mesmo que a peça forneça dados, deve-se buscar, com o exercício da imaginação, o passado e o futuro do personagem.
Seu livro "A Preparação do Ator" é como um guia no trabalho de "interiorização" (preparação interior do ator), exercitando sua vontade, seu espírito e sua imaginação. O segundo livro: "A Construção da Personagem" trata da construção exterior da personagem, usando técnicas de preparação corporal.
E "A Criação de um Papel" completa a trilogia, desvendando os problemas que cercam o treinamento do ator, dedica-se a estudar "a preparação de papéis específicos, a partir da primeira leitura da peça, e do desenvolvimento da primeira cena". Nesta etapa o objetivo dos ensinamentos era a fase de formação do intérprete dissecando o trabalho do ator para o desempenho de um papel.
Stanislavski teve muitos seguidores e seu método é válido até hoje, e serve como ponto de partida para quaisquer outros métodos.
O princípio do método Stanislavski é estudo dos processos de atuação dos atores inspirados ou geniais (ou das crianças, que são atores espontâneos). Através da inspiração eles adquirem fé no que é irreal e são induzidos a agir no irreal, ou seja, agir como personagem.
Segundo ele, os objetivos do ator são: convencer o espectador da realidade do que se imaginou para realização do espetáculo; mostrar o que o personagem quer, o que pensa, para que vive; revelar o rico e complicado mundo interior do homem; agir como personagem na base da simples lógica da vida real.
Para usar o que Stanislavski chama de "O mágico se fosse", basta perguntar a si mesmo: E se eu fosse o personagem? E se eu estivesse nessa situação, dentro dessas circunstâncias propostas pelo autor da peça, como reagiria?
"Atenção Cênica" é outra característica importante do método e consiste em focar-se nos objetivos do personagem, interessar-se por eles e achá-los atraentes, por isso. A atenção cênica com seus "Círculos de Atenção" leva o ator ao "Contato e Comunicação" com o ambiente, com todos os elementos do espetáculo.
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