Em apenas seis anos, entre 1972 e 1978, John W. Gacy torturou, violou e assassinou brutalmente cerca de 33 adolescentes (todos rapazes). Costumava fantasiar-se de palhaço
Era tido como um cidadão comum e pacato. Sua vida tinha tudo para ser uma história chata.
Nasceu em Chicago em 1942, uma mãe que o adorava e um pai alcoólatra. Quando adulto, seguiu um caminho da classe média americana: faculdade de administração, dois casamentos, filhos, membro de instituições religiosas e possuia uma empresa própria. Na sua empreiteira fez dinheiro contratando só adolescentes - "para baixar custos".
Faltava duas semanas para o Natal quando um jovem, Robert Piest, 15, saiu com a mãe para procurar uma vaga na empreiteira de Gacy. Ela ficou na farmácia em frente, esperando. Nunca mais o viu. O desaparecimento levou a polícia a investiga-lo.
No decorrer de várias investigações e de uma quase confissão de Gacy, a polícia, levada por fortes odores, arrancou todo o piso da casa, encontrando um cemitério clandestino.
Em 1988, Gacy foi condenado a 21 prisões perpétuas e 12 penas de morte. Enquanto aguardava no Corredor da Morte do Menard Correctional Center de Illinois, Gacy - apelidado pela imprensa de "Palhaço Assassino" - passava o tempo fazendo bellíssimos desenhos infantis, especialmente ... palhaços! Suas ilustrações são consideradas ítens de coleção, e alcançam altos preços no mercado.
Em 1988, Gacy foi condenado a 21 prisões perpétuas e 12 penas de morte. Enquanto aguardava no Corredor da Morte do Menard Correctional Center de Illinois, Gacy - apelidado pela imprensa de "Palhaço Assassino" - passava o tempo fazendo bellíssimos desenhos infantis, especialmente ... palhaços! Suas ilustrações são consideradas ítens de coleção, e alcançam altos preços no mercado.
Há uma história interessante pelo meio de tudo isto: Jason Moss, um jovem estudante de psicologia criminal com um fascínio mórbido por serial killers, decidiu fazer a tese de licenciatura sobre o assassino John Gacy. Decorria o ano de 1993 e o estudante de 18 anos, inteligente e destemido, encetou um contacto regular com o assassino, enviando cartas para ganhar a confiança do criminoso. Fez-se passar por homossexual para seduzir Gacy (enviou-lhe fotos ousadas), contou-lhe pormenores da sua vida pessoal e falou com o serial-killer (este a partir da prisão) por carta e telefone.
A perigosa intimidade entre os dois foi de tal ordem que perturbou a vida quotidiana do jovem estudante, tornando-se até violento. Durante vários meses, Jason Moss quis ir ao fundo da psicologia do assassino, compreender as suas motivações e a sua personalidade. Até que um dia, pouco antes de John Gacy ser executado, este solicita a presença física de Jason moss na prisão, para se conhecerem pessoalmente.
E é nesse particular momento que se atinge o clímax de tensão entre ambos: apesar de se considerarem "amigos", John Gacy ameaça matar Jason Moss em plena cela (na ausência dos guardas prisionais), revelando toda a natureza malévola do serial killer (imagem em baixo).
Mais tarde, Jason Moss escreveria um livro para descrever os pormenores deste relacionamento doentio, assim como a correspondência que estabeleceu com outros famosos assassinos em série presos: Charles Manson, Jeffrey Dahmer e Henry Lee Lucas. Esse livro, "The Last Victim", teve um assinalável êxito de vendas, dando origem a um filme assaz interessante - "Dear Mr. Gacy" (2010), com um fantástico e perturbador William Forsythe no papel do sinistro John Gacy. Um filme que retrata, com imperturbável serenidade, a conturbada e perigosa relação entre Gacy e Moss.
Acima, foto de John Gacy e Jason Moss momentos antes de estarem em uma cela... sozinhos! Veja o trailer do filme.
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