quarta-feira, 19 de março de 2008
TAIS
O vento traz o teu cheiro, calmo
Calmo... Sinto-o avivar-me a memória.
Lembrar-me de dias não vividos
Que dias Deus meu? Que dias!
Lembro-me como hoje, não ontem,
Teus abraços, afagos... teu carinho!
Não teu amor... mas teu afeto
E tua amizade... só amizade!
Lembro-me como hoje, não ontem,
Que deitado sobre o teu corpo quente,
Que amei sem ser amado e tu
Foi amada sem me amar...
Em teu colo nu encontro o meu ninho
Em tuas lágrimas encontro sentimento.
Nada me afeta, exceto o tempo. Que passa
E passou... mas foi breve e eterno.
Mas agora, ao tempo que escrevo
O mesmo vento que trouxe teu cheiro
Traz-me agora frio e solidão
Na lembrança de dias que não virão.
Jardel da S. Leite
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2 comentários:
bela poesia!
pena que sua musa inspiradora seja indiferente... =p
xeru, nay =*
Vivi a época mais feliz da minha vida ao seu lado, e das meninas, e os momentos mais tristes sem vocês... O ser humano não evolui mesmo, não é?! Infelizmente o mundo gira sempre para o mesmo lado, e não dá para voltarmos a sermos p que éramos, falarmos o que deveriamos ter dito, fazer o que realmente deveria ser feito, amar quem realmente deveria ter sido amado... Agora, como diz a minha avó "É tarde e inês é morta".
Sinto-me como uma página velha de um livro, algum dia eu me solto da capa e apodreço em alguma vala.
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